20 de julho de 2025

Brasil cai duas posições no ranking mundial do IDH de 2022

O Índice de Desenvolvimento Humano, que mede o bem-estar da população, considera indicadores de saúde, escolaridade e renda, e é um retrato do estágio em que está cada nação. IDH do Brasil melhora, mas país cai no ranking mundial da ONU
A ONU divulgou nesta quarta-feira (13) o relatório mais recente do IDH, que mede o desenvolvimento humano de uma nação. O índice do Brasil melhorou, mas o país caiu no ranking mundial.
A boa notícia é que eles estão de volta à sala de aula. Ali é mais fácil enfrentar os desafios da educação.
“Retomar os estudos em um período de pandemia foi muito difícil para muita gente. A escola ficou vazia”, diz diretora de escola Elisângela Nascimento.
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que mede o bem-estar da população, considera indicadores de saúde, escolaridade e renda, e é um retrato do estágio em que está cada nação. Os dados são divulgados a cada dois anos. Os desta quarta levam em conta o ano de 2022 e ainda registram os efeitos da pandemia.
O índice vai de 0 a 1 – quanto mais perto de 1, melhor. E o Brasil caiu duas posições no ranking. Agora, o país ocupa a posição 89 entre 193 nações, com um índice de 0 ,760, o IDH mundial é de 0,739.
Brasil está em 89º lugar no ranking de IDH da ONU
JN
De acordo com as Nações Unidas, o Brasil voltou praticamente ao mesmo índice que tinha alcançado antes da pandemia, mas o desempenho do país não melhora significativamente há uma década. Ou seja, o Brasil segue no grupo de alto desenvolvimento humano, mas o avanço ainda é lento se comparado a outros países.
A educação teve um leve retrocesso. A expectativa de escolaridade, que considera a estimativa de média de anos de estudos que a atual geração de crianças terá quando completar o ciclo escolar, caiu de 15,59 anos para 15,58 anos. Mas o tempo de permanência na escola subiu um pouco entre 2021 e 2022, chegando a 8,2 anos de estudo. É preciso trazer os alunos de volta a escola.
“A gente precisa, sim, de um suporte, de políticas públicas que venham valorizar esse estudante na escola, para que ele volte a enxergar na escola um espaço, não só de construção de sonhos, mas também de formação para que ele possa mudar a realidade da sua família e mudar a realidade da sociedade e da comunidade em que ele está”, diz a diretora Elisangela.
Renda per capita anual brasileira subiu
JN
Há outros pequenos sinais de melhora. No Brasil, a expectativa de vida aumentou de 72 para 73 anos e a renda per capita anual brasileira subiu de US$ 14,3 mil para US$ 14,6 mil.
Suíça (0,967), Noruega (0,966) e Islândia (0,959) lideram a lista. Na América do Sul, o Brasil está atrás do Chile (0,860/44º lugar), Argentina (0,849/48º) e Uruguai (0,830/52º), e na frente da Colômbia (0,758/91º).
A coordenadora do programa das Nações Unidas para o desenvolvimento, Betina Barbosa, afirmou que o Brasil precisa combater as desigualdades:
“Países com maiores desigualdades, como é o caso do Brasil, vão ter uma trajetória mais difícil de recuperação. A dimensão renda que foi uma dimensão que sofreu durante esse período da crise sistêmica, ela é a dimensão que espelha a maior desigualdade brasileira. Então a recuperação nessa dimensão vai se dar de forma mais lenta”.
Na sala de aula que mostramos no começo da reportagem, conhecemos Elzenir Silva. Com 52 anos, um exemplo de quem tenta recuperar o tempo perdido. Ela decidiu voltar a estudar, quer chegar à faculdade e se formar em psicologia. Ela tem sido uma inspiração até para os professores.
“Enquanto a pessoa estiver na sala de aula, ela vai ter oportunidade de lutar pelos direitos dela, de conhecer seus direitos e deveres, e vai abrir novos horizontes, né? Para ela ir além daquilo que ela imaginava não ser capaz”, diz Elzenir.
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