Os mandados de prisão temporária e de busca e apreensão foram expedidos pela 3ª Vara Criminal da Capital. o policial Daniel Mendonça foi morto ao sair de casa em 2023. Polícia tenta prender PM suspeito de participar de assassinato de policial e atuar como segurança de bicheiro
O PM Edson Costa Ribeiro, que estava sendo procurado por suspeita de participar da execução de um colega de farda, se entregou no 16º BPM (Olaria) nesta terça-feira (20). A Delegacia de Homicídios da Capital e a Corregedoria da PM estavam desde as primeiras horas da manhã procurando por ele.
Edson é apontado como um dos seguranças do bicheiro Adilsinho e suspeito de participar da morte do policial Daniel Mendonça Silva, em 2023.
Edson Costa é procurado pela Delegacia de Homicídios da Capital por participação na morte de um PM
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Os mandados de prisão temporária e de busca e apreensão foram expedidos pela 3ª Vara Criminal da Capital, e há quatro dias os investigadores tentam localizar Edson. Do batalhão, ele foi levado para uma delegacia, onde ficou preso.
O cabo Daniel Mendonça da Silva, de 41 anos
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Daniel foi executado com diversos tiros de fuzil em frente de casa, na Rua Piraí, em Marechal Hermes. Naquele dia, homens encapuzados dispararam tiros de fuzil contra o PM, que tinha sido preso acusado de participar da quadrilha do contraventor Bernardo Bello.
De acordo com as investigações, os autores do crime chegaram ao local em um veículo VW Voyage, branco, e permaneceram dentro do carro de 12h30 até as 17h40. Quando a vítima finalmente saiu de casa, foi abordada por três criminosos armados com fuzis. Ele ainda tentou correr, mas foi atingido pelos disparos. Toda a ação foi flagrada por câmeras de segurança.
Edson Ribeiro, PM procurado pela Polícia Civil
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Daniel chegou a ser socorrido no Hospital Carlos Chagas, mas não resistiu. No local do crime as equipes da DH arrecadaram quatorze estojos de fuzil, calibres 762 e 556.
Ligação com Sem Alma
Rafael do Nascimento Dutra, conhecido como Sem Alma
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As investigações apontam que o acusado, junto de outros indivíduos, entre eles o PM Rafael do Nascimento Dutra, o Sem Alma, integraria uma organização criminosa responsável por diversos homicídios no Rio e pelo menos um caso no Maranhão.
Uma das características do bando é monitorar intensamente suas vítimas, realizando vigilâncias e permanecendo durante várias horas no interior de seus veículos, para assegurar o melhor momento para a prática de homicídios. As ações são sempre praticadas com armas de grande porte e de uso restrito.
Em diversos homicídios com suspeita de autoria do grupo, foi verificada a utilização do mesmo armamento, bem como a utilização de munições de mesmos lotes.