21 de junho de 2025

Vice-prefeito preso em operação por corrupção em MG tem mandato cassado por vereadores

Nilo Baracho (MDB) foi preso suspeito de participar de um esquema de desvio de recursos do Hospital de Clínicas de Itajubá (MG) e superfaturamento da frota de veículos da administração municipal O vice-prefeito de Itajubá, Nilo Baracho (MDB), teve o mandato cassado na noite desta sexta-feira (10) durante uma sessão na Câmara Municipal. O processo foi aberto dia 26 de fevereiro, depois que o político foi preso durante duas operações contra corrupção.
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Baracho é suspeito de participar de um esquema de desvio de recursos do Hospital de Clínicas e superfaturamento da frota de veículos da administração municipal. Na época, ele foi exonerado do cargo de Secretário de Saúde, que também ocupava na cidade.
Nilo Baracho, vice-prefeito de Itajubá, MG
Divulgação/Prefeitura de Itajubá
A proposta para a cassação do mandato do político foi feita por Andressa Daiany da Silva Arantes (em mandato coletivo pelo PT), Pedro Gama (PV) e Robson Vaz (PSDB). Todos os vereadores votaram a favor da abertura do processo.
Segundo a Câmara Municipal, a proposta recebeu 10 votos favoráveis dos 11 vereadores presentes, isto porque o presidente da Câmara só vota em caso de empate. O decreto que formaliza a cassação do mandato do político será publicado na segunda-feira (13).
O cargo de vice-prefeito ficará vago até o fim do mandato da atual gestão, uma vez que ele foi eleito em uma chapa com prefeito e vice. A defesa de Baracho informou para a EPTV, afiliada Globo, que ainda não foi oficialmente comunicada sobre a decisão e irá avaliar quais medidas serão tomadas.
Prisão
O vice-prefeito de Itajubá, Nilo Baracho, foi preso durante duas operações contra corrupção deflagradas no dia 20 de fevereiro em Itajubá pelo Ministério Público, Polícia Civil e Polícia Militar. As ações investigam desvios de recursos públicos e privados do Hospital de Clínicas e o superfaturamento de serviços da frota veicular de secretarias municipais. Um empresário e outros quatro administradores do hospital também foram presos.
As operações foram nomeadas de Transfusão, comandada pelo Ministério Público e Sepulcro Caiado, comandada pela Polícia Civil. Foram expedidos 11 mandados de prisão, sendo quatro preventivas e sete temporárias, além de 25 de busca e apreensão. Os mandados foram cumpridos em Itajubá, Campos do Jordão (SP) e São José dos Campos (SP).
MP, Polícia Civil e Polícia Militar faz operação contra corrupção em Itajubá, MG
Ministério Público
De acordo com a Polícia Civil, além das prisões, foram apreendidos dinheiro, joias, celulares, veículos e documentos.
O que dizem os envolvidos
Por meio de nota, a prefeitura informou que “segue à disposição para colaborar com quaisquer investigações que apurem irregularidades. A prefeitura conta com a imparcialidade dos investigadores para prosseguir com o trabalho sério desenvolvido nos três últimos anos”.
Em nota divulgada nas redes sociais, o Hospital de Clínicas de Itajubá disse que o corpo clínico e os colaboradores do HCI acreditam na ação da justiça e no breve esclarecimento dos fatos. O hospital também disse que as recentes notícias não vão interferir no atendimento da unidade.
Já as defesas dos outros administradores do hospital, também investigados na operação, informaram que o processo ainda corre em segredo de Justiça, mas que, no momento oportuno, tudo será devidamente esclarecido.
O advogado Willys Vilas Boas Júnior, que defende Nilo Baracho e outros cinco investigados, informou, na data da prisão, que ainda não teve acesso aos autos do processo e, por conta disso, não pode se manifestar de maneira técnica e precisa sobre os fatos.
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